Pois é, muitas vezes esse fenômeno passa batido nas aulas de Geografia. Confesso que, nas minhas, passou batido inúmeras vezes. Acredito que pelo fato de ele não ser tão comum. Porém, com o acontecido em Santa Catarina, muitos alunos trouxeram o assunto para sala de aula. E é assim que deve ser a educação. Os alunos precisam participar desse processo, trazendo para sala suas dúvidas, seus anseios, para, juntos, construirmos uma educação de qualidade.
Voltemos ao ocorrido no litoral catarinense. Alguns alunos questionaram se esse tsunami foi resultado de uma atividade tectônica. Não, daí a grande diferença em relação aos tsunamis que, comumente, atingem o Extremo Oriente e o Sudeste Asiático. Vejamos.
Os tsunamis que ocorrem nessas regiões da Ásia são resultado de um abalo sísmico que ocorre no oceano. Esse abalo provoca a movimentação da água, fazendo surgir uma onda, a qual toma proporções gigantescas até atingir o litoral. Esse tipo de tsunami também é denominado de vaga sísmica.
O tsunami que atingiu o litoral catarinense é resultado da movimentação das águas oceânicas, porém, resultante de uma forte tempestade. Caso as ondas estejam alinhadas a essa tempestade, as mesmas tendem a tomar grandes proporções, como ocorreu em Santa Catarina. Nesse caso, a denominação correta do fenômeno é tsunami meteorológico. Não o podemos chamar de vaga sísmica, porque não é resultado de uma atividade sísmica.
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Imagem: notícias.uol.com.br
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